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A Atleta do Mês é a Valéria Montero. Esta honra tem a ver não só com as vitórias obtidas, mas por impulsionar o grupo do Invicta Badminton Clube a obter mais, com todas as partilhas que tem feito da sua experiência e garra de vencer.

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Há quanto tempo jogas badminton?

Jogo há 24 anos, comecei quando tinha 12!

Recordas-te da primeira vez que jogaste? Com quem foi e onde?

Eu comecei com a minha irmã e a minha equipa que forma parte da minha família (somos 6 pessoas).

Eu era nadadora mas a minha mãe queria que fizéssemos competição (a minha mãe foi jogadora de squash) e no nosso clube estava o presidente da federação do México pelo que mudamos para la.

O que mais te recordas dessa iniciação? De bom e de mau, se houver.

Em princípio não queria jogar e me recusava a aprender mas depois comecei a gostar porque conheci amigos de vida que me fizeram gostar do badminton.

Não gostava de treinar e de não conseguir ganhar mas essa parte igualmente má, fez me ter a capacidade de perseverar  para continuar e conseguir chegar aos objetivos que queria.

E em Portugal, quando recomeçaste e do que te recordas?

Eu estava a ficar depressiva por causa do Covid e para sair disso comecei a procurar um sítio onde podia fazer o que mais gosto da vida. Encontrei na net o JAPorto e o Jorge Azevedo me falou dos dias para ir a jogar. Eu me apresentei com ele e como não tinha raquete ele me emprestou uma raquete dum chileno que deixou com ele, e a partir desse dia, não parei.

Como te vês agora no badminton, relativamente a esse início? Fala-nos da tua evolução.

No início, só queria jogar e estar contente porque era o que precisava devido a etapa de Covid e Emigração. Igualmente eu já estava “reformada” no badminton do México. Pelo que quando me falaram para competir foi uma grande surpresa e até agora sou muito feliz.

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Valéria Montero, com o seu parceiro em Par Misto Cat C, Gonçalo Marques.

Além do aspeto desportivo, como achas que o badminton te ajudou em qualquer outro aspeto da tua vida?

O badminton me tem ensinado a nunca deixar de insistir, ser sempre lutadora para alcançar o que se quer, porque os objetivos são como um jogo, vais ponto por ponto e tudo depende de ti. Se perdes, vais pelo segundo set/partido/torneio mas sem deixar de insistir, porque quando realmente queres algo, a mesma energia que geras faz te conseguir esse partido/objetivo.

Agora, se ganhas, significa que precisas de mais porque a vida nunca para, embora sempre é importante disfrutar o momento de estar no alto com humildade e não perdendo quem és.

Quem foram ou são os teus grandes influenciadores no badminton?

Primeiramente foi a minha mãe, ela foi campeã nacional de squash, e sempre nos tem impulsionado ao desporto. Nessa época inclusive tínhamos perdido ao meu pai e ela decidiu colocar-nos a fazer badminton para esquecer a tristeza que depois virou felicidade.

Meu treinador José Noria, ele se dedico a treinar-nos e incluso ao término (N.E.: no fim) dos treinos  nos levava a comer e ver vídeos de badminton ou falar de como ganhar.  No pessoal, eu era muito lenta, e ele me colocou o chip de hiperatividade, pelo que sempre vou estar agradecida.

Quais os teus próximo objetivos desportivos?

Se conseguir subir a absolutos, que é o plano inicial, perguntaria ao clube o que acha para saber o melhor para mim.

Mas, se eu ficar em C ou subisses a Absolutos, gostava de ser campeã das modalidades que estiver a fazer. E até gostava de tentar algum campeonato fora para ver o nível.

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Valéria Montero, no primeiro lugar do pódium da sua última competição, em Singular Senhoras, Categoria C.

O que dirias a quem está a pensar começar uma atividade desportiva, para convencer a experimentar o badminton?

Diria que no badminton, tal como em todos os desportos é necessária muita dedicação. No início nem sempre é fácil porque nos comparamos com os outros e sabemos que jogamos pior, mas só com o tempo é que aperfeiçoamos o nosso jogo.

Vens do México e estás em Portugal há vários anos. Como vês o badminton em Portugal comparando com o badminton no México?

Gosto muito a parte na que se tem classificações (N.E.: escalões), isso faz muita diferença e ajuda as pessoas a continuar no badminton a nível competitivo não importando a idade ou nível. No México se pode ter bons jogadores mas o fato de só ter uma classificação não dá oportunidade de competir muito.

A tua irmã Vitória Montero foi atleta olímpica. Consideras que vens de uma "família de badminton"? Até que ponto a tua irmã mais nova se inspirou em ti para jogar badminton?

Eu treinei sempre com ela (N.E.: Vitória Montero na Wikipedia), pelo que a diferença de anos ajudava lhe a ganhar mais fácil com as pessoas de sua idade, depois, quando ela decidiu tentar os olímpicos, sempre tentava de falar com ela. Me ligava antes das competições se não ia ter com ela. Era engraçado porque as vezes pedia para mim estar antes atrás dela do que o treinador, mas era porque eu conseguia dar lhe a confiança para ganhar.

O que dirias a quem está a pensar começar uma atividade desportiva, para convencer a experimentar o badminton?

O desporto sempre ajuda a ter uma vida positiva e em especial o Badminton é desporto que te ajuda a explodir muita energia. Mas não é fácil, se tem que treinar, praticar e não deixar para conseguir o objetivo que se quer.

A tua garra de ganhar nota-se no campo. Quando o jogo está a correr pior, como fazes para conseguir dar a volta?

Quando se está nesse fato. Acho que a primeira motivação é a que um tem no seu interior e se tem que encontrar alguma maneira para continuar, eu no pessoal começo a gritar para sentir-me mais confiante e assim dar tudo assim seja que o jogo corra mal o bem no final.

Falemos do Invicta Badminton Clube: o que achas que o clube trouxe à modalidade?

Tem trazido crescimento no desporto, o badminton não é um jogo que o mundo pratiquem-se usualmente, pelo que ver que cada vez se tem mais gente no club é ótimo.

Como achas que o IBC pode ajudar o badminton nacional?

Acho que agora com o treinador Roberto Spínola que está mais focado nas pessoas que querem competir tem sido algo ótimo. Se calhar para subir mais, precisam de mais treinos, como nos cursos de verão ou sair a mais torneios. Uma psicóloga do desporto igual seria ótimo.

O que mais gostas no Invicta?

Gosto de que abre as portas a toda a gente e sempre impulsa aos jogadores a melhorar já seja por diversão ou competição.

Por fim: o que dirias aos jovens atletas que estão agora a considerar entrar na modalidade?

Terão  dias bons e maus, mas nunca desistam do sono de ganhar! Os momento mais bonitos desta vida são os que tem uma costo alto para chegar eles!

Uma vez li uma frase dum livro que dizia:

Faz! E se tens medo de o fazer, faz com medo, mas faz!