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O Atleta do Mês é o Mário Miguel Fonseca. O Miguel enriquece o Invicta com a sua contribuição em vários níveis, inspirando outros atletas com a sua resiliência e capacidade de sacrifício, provando que a idade não é um obstáculo para progredir mais nesta modalidade.

Há quanto tempo jogas badminton?

Badminton federado desde os 21 anos (com paragem de mais de 10 anos).

Recordas-te da primeira vez que jogaste? Com quem foi e onde?

Sem ser em termos competitivos pratiquei enquanto adolescente com o meu irmão e com amigos, Joel Costa e o irmão. Jogávamos fora de horas, em outdoor, nas traseiras de um armazém, um pouco abrigado do vento.
Iniciei competição oficial pelo CDUP, num torneio organizado pelo clube. Penso que perdi no primeiro jogo com o Pestana de Coimbra, que sendo canhoto não me facilitou a vida.

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O que mais te recordas dessa iniciação? De bom e de mau, se houver.

Em competição assinalo o facto de ter perdido no primeiro ou segundo jogo, o que foi mau. Outro fator negativo foi o nervosismo. Mas pela positiva gostei bastante do ambiente dos torneios.

Como te vês agora no badminton, relativamente a esse início? Fala-nos da tua evolução.

Vejo-me como uma velha guarda... uma vez que grande parte dos atletas com que me defronto tem metade da minha idade ou menos.

Adquiri alguma experiência e técnica e alguns vícios ao longo do tempo. Mas obviamente perdi alguma capacidade física e nada como treinar com regularidade para continuar na luta.

Além do aspeto desportivo, como achas que o badminton te ajudou em qualquer outro aspeto da tua vida?

O badminton é um espaço onde se criam amizades e sendo eu uma pessoa por natureza anti-social, consigo conviver com amigos recentes ou de longa data, de forma salutar tanto nos treinos como em competição.
Em termos de saúde física e mental o badminton também me tem ajudado bastante.

Por outro lado, saber que por um lado podemos ajudar outros atletas e que por outro lado alguém se preocupa em nos ajudar a melhorar, é verdadeiramente estimulante.

Quem foram ou são os teus grandes influenciadores no badminton?

Meu tio António Castro que incentivou e apoiou numa fase inicial e durante uns bons anos, Jorge Azevedo como jogador e como treinador, assim como Luís Mendes, o meu primeiro treinador; Joel Costa, companheiro de longa data nestas andanças, e Roberto Spínola treinador atual no IBC.

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Quais os teus próximo objetivos desportivos?

Continuar a competir na categoria D, melhorar o meu jogo.

Em relação a evoluir em termos competitivos a partir dos 50, achas que é possível, tanto para quem começou há muito como para quem começa agora?

Havendo saúde, disponibilidade e vontade pessoal, e um bom grupo de trabalho, claro que é possível.

Tiveste algumas lesões. O que mais te ajudou a superar e o que recomendas que todos façam para evitar lesões?

O suporte muscular é muito importante, bem como a alimentação e hidratação. Para quem tem disponibilidade como eu, a frequência regular dos treinos é muito importante. Em alternativa ou como complemento, para quem pode, a frequência do ginásio será sempre positiva.

O que dirias a quem está a pensar começar uma atividade desportiva, para convencer a experimentar o badminton?

Os outros desportos são para meninos. O badminton é um desporto muito completo e exigente em que podemos evoluir dentro das nossas possibilidades.

Falemos do Invicta Badminton Clube: o que achas que o clube trouxe à modalidade?

Conseguimos criar um bom grupo de trabalho onde tentamos aliar exigência com companheirismo e diversão.

O facto do clube dar suporte à iniciação e ao lazer também são fatores importantes para a divulgação do badminton na zona do Porto.

Como achas que o IBC pode ajudar o badminton nacional?

Mantendo as qualidades que mencionei e levando para os torneios uma atitude positiva podemos ser um bom exemplo e passar a mensagem.

Por fim: o que dirias aos atletas seniores que estão agora a considerar entrar na modalidade ou que competem há pouco tempo?

Que treinem e se divirtam a jogar badminton. Se for no IBC tanto melhor!